No presente momento, é possível afirmar que a administração de empresas se encontra em um estado constante de progresso, motivado, por diversos fatores, como a ampla utilização de modelos pautados na compreensão e mensuração das competências individuais dos colaboradores. Esses modelos foram desenvolvidos em resposta à demanda empresarial por um gerenciamento mais eficaz do conhecimento e das habilidades de seus colaboradores.
Nesse contexto, a chamada “gestão por competências” surge como uma opção altamente eficaz para identificar, desenvolver e gerenciar o complexo conjunto de saberes, aptidões e disposições que compõe o perfil de todos os colaboradores. Ela propicia uma gestão mais ágil dos recursos humanos, contribuindo para a maximização da produtividade e efetividade das atividades empresariais. Representa, hoje, um pilar para uma gestão empresarial moderna.
Segundo o preclaro autor Borges-Andrade, no livro “Gestão por Competências: Conceitos, Método e Práticas” (2012), a gestão por competências representa um processo abrangente de identificação e aprimoramento das competências de cada colaborador, com o objetivo de atender às necessidades estratégicas da empresa. Lyle Spencer e Signe Spencer (1993), em “Competence at work: models for superior performance”, também abordam o tema e definem a competência como a aptidão de um indivíduo em executar com êxito uma determinada atividade ou tarefa, composta por um conjunto de conhecimentos, habilidades e atitudes.
Essa prática é percebida em companhias de diferentes setores. A Johnson & Johnson, por exemplo, emprega o modelo de gestão por competências para identificar as competências necessárias para cada posição na empresa e, assim, desenvolver programas de treinamento e aprimoramento de seus colaboradores, segundo estudo de Tuhin Mukhopadhyay e outros autores, publicado em 2013, intitulado “A Study on Performance Management Practices in Johnson & Johnson”.
Também a Google tem atuado nesse sentido e tem sido reconhecida por adotar uma abordagem exemplar na gestão de competências. De acordo com Paul Priyanko, em “Google’s HR Practices” (2019), ela utiliza um sistema abrangente de gestão de competências para identificar as habilidades-chave de cada indivíduo e alinhá-las com os objetivos estratégicos da empresa. Também promove uma cultura de aprendizado contínuo, oferecendo programas de capacitação e incentivando os funcionários a buscar o autodesenvolvimento. Para Laszlo Bock, no texto “Work Rules!” (2015), essa abordagem tem sido crucial para impulsionar a inovação e a excelência na empresa, permitindo que se mantenha competitiva em um mercado dinâmico e em constante evolução.
Em apertada síntese, a gestão por competências tem se revelado como uma ferramenta indispensável para a moderna administração de empresas, porquanto propicia uma gerência mais eficaz dos recursos humanos, ao elencar as habilidades e competências necessárias para o êxito do negócio.

Eduardo Duca do Espírito Santo (Estudante do curso superior de Tecnologia em Gestão Empresarial)
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