As novas economias têm sido alternativas funcionais em gestões modernas que se apropriam da tecnologia para se dedicarem aos clientes, mas com um olhar mais sistêmico. Elas primam, sobretudo, por negócios desruptíveis em meio a uma sociedade consumista e capitalista. Dentre algumas vertentes existentes, há a economia circular que tem ganhado espaço desde pequenos negócios a empresas de grande porte, uma tendência que já se marca positivamente em prol à sustentabilidade.
Muito já se falou sobre a política dos 3R’s – não podemos negar sua difusão. Ela é conceituada como um conjunto de ações sugeridas durante a Conferência da Terra, realizada no Rio de Janeiro em 1992, popularmente conhecida como Rio 92. Assim, o Reduzir, o Reutilizar e o Reciclar se tornaram objetivos exponenciais quando o assunto é sustentabilidade. Sem dúvida, é preciso que “essa moda pegue”!
A economia circular, portanto, é olhar para tudo isso, já com mais de três décadas, não como algo desconhecido, feito lançamento de um novo produto no mercado, mas como uma ação exequível. Com foco na sustentabilidade, a economia circular pode ser testificada nos vários exemplos: uso de combustíveis renováveis, de carros compartilhados, no uso de containers para a construção civil e também nos brechós, nosso objeto de reflexão.
Segundo dados do Instituto Pró-Saber (2023), “as pesquisas por peças de segunda mão cresceram 572% no país entre os primeiros semestres de 2019 e 2022”. Esse aumento pode estar vinculado a algumas demandas: preço baixo e a visão mais ampliada de sustentabilidade pelo consumidor.
Os brechós permitem que as matérias-primas possam ser regeneradas, compartilhadas ou trocadas. São negócios que têm crescido de forma latente no país, inclusive em pequenas cidades. E aqui, não nos referimos aos bazares pontuais realizados por entidades, mas ao mercado ativo.
Como exemplo, na cidade de Jales, há três pontos comerciais (GOOGLE, 2023). Um deles é o do Hospital do Amor, intitulado “Bazar da AVCC,” que recebe doações de toda a sociedade e tem ofertado, a preços acessíveis, peças de qualidade.
Ainda, muitas peças disponíveis pelos inúmeros brechós já recebem novos estilos por conta da customização, o que permite peças diferenciadas, ousadas e, sem dúvida, pautadas na sustentabilidade. A tecnologia, sem dúvida, é muito parceira por meio do marketing digital e tem atraído diferentes públicos.
Quando doamos roupas, quer seja para campanhas institucionais ou diretamente às pessoas, ou até mesmo, quando abrimos um negócio ancorado nas premissas discutidas aqui, podemos nos apropriar do pensamento do seringueiro e ativista Chico Mendes de que “agora, percebo que estou lutando pela humanidade”.

Prof. Me. Alessandra Manoel Porto
alessandra.porto@fatec.sp.gov.br
Docente Fatec Jales – fatecnologia@fatecjales.edu.br

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