Enfrentando uma das melhores equipes do Brasil e da América do Sul, o São Paulo não teve medo, atacou desde o início da partida, foi empurrado pelo torcedor, mas desperdiçou diversas oportunidades de gol e acabou derrotado por 3 a 1 pelo Flamengo, no Morumbi, no confronto de ida da semifinal da Copa do Brasil.
Inferior tecnicamente ao rival, o Tricolor conseguiu algo dificílimo; dominar uma partida diante do Rubro-Negro carioca. No entanto, isso pouco surtiu efeito pelo fato de no outro lado ter atletas como Arrascaeta, Everton Ribeiro e Gabigol em noite inspirada. Eles são letais quando têm oportunidades.
A postura do São Paulo nos primeiros 90 minutos do duelo contra o Flamengo chamou atenção com o time comandado por Rogério Ceni encurralando o adversário em diversos momentos. Mesmo atrás no placar desde o primeiro tempo, a equipe se doou em campo, não faltou raça e os jogadores não desistiram de buscar o resultado em nenhum momento do jogo.
Nas estatísticas da partida, a equipe do Morumbi teve 26 finalizações, e os cariocas apenas 7. Porém, nas finalizações no gol, o placar foi de 5×4, com apenas 1 gol para o Tricolor que finalizou ao gol cinco vezes e 3 gols para o Flamengo que finalizou ao gol quatro vezes.
A equipe comandada por Dorival Júnior foi eficiente e isso vai de encontro ao nível espetacular do elenco que além de Arrascaeta, Everton Ribeiro e Gabigol, conta com Pedro, Filipe Luís, João Gomes, Thiago Maia, e ainda se dá ao luxo de colocar em campo no segundo tempo atletas de altíssimo nível como Arturo Vidal e Everton Cebolinha.
Outro ponto que chama atenção no Flamengo é o entrosamento e o nível de conhecimento existente dentro desse elenco que é extremamente vencedor. Alguns atletas jogam juntos desde 2019 e, apesar da constante troca de treinadores nos últimos tempos, os jogadores sabem o que fazer e como se comportarem nos momentos decisivos.
Derrotado por 3 a 1 no Morumbi, resta ao São Paulo tentar uma virada épica, porém improvável no Maracanã. É necessário a equipe de Rogério Ceni vencer por pelo menos dois gols de diferença para levar a decisão do confronto para a disputa de pênaltis ou conquistar um triunfo por três gols de diferença.
A virada é improvável, mas a lição que fica para o Tricolor é que o castigo chega a partir do momento que você desperdiça diversas oportunidades de gol enfrentando um adversário de um nível tão alto. Do restante, a torcida são-paulina deve ter orgulho da atuação da equipe, da disposição dos atletas dentro de campo desde o primeiro minuto e da temporada consistente que ainda pode terminar com título.

Eduardo Martins
(jalesense, jornalista com formação na PUC-Campinas)

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