Quase um mês após o encerramento da Copa do Mundo, a Seleção Brasileira busca um novo treinador para o início do ciclo de olho no Mundial de 2026. Apesar de a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) sequer confirmar a despedida de Tite, a saída do comandante é certa e o momento é de iniciar um novo trabalho no time brasileiro.
Diante do que observamos no futebol nacional nos últimos anos, é fundamental que o novo treinador da Seleção Brasileira seja um estrangeiro de alto nível. De preferência vencedor nos clubes por onde passou e acostumado a trabalhar com grandes jogadores no futebol europeu.
Entre 2019 e 2020, o português Jorge Jesus conquistou Campeonato Brasileiro, Libertadores, Campeonato Carioca, Supercopa do Brasil e Recopa Sul-Americana no Flamengo, com trabalho espetacular, se tornando um dos maiores técnicos da história do clube.
Desde de 2020 no Palmeiras, o também português Abel Ferreira coleciona duas conquistas da Libertadores, um Campeonato Brasileiro, uma Copa do Brasil, um Campeonato Paulista e uma Recopa Sul-Americana, se tornando o maior técnico da história do Verdão.
Além da nacionalidade portuguesa, a semelhança entre os dois é o altíssimo nível no comando de ótimas equipes de futebol. Treinadores modernos, atualizados, altamente capacitados, que superaram com sobras diversos técnicos brasileiros que infelizmente pararam no tempo, ou simplesmente dizem não a busca por estudos para expandir o conhecimento sobre futebol.
Em relação aos treinadores brasileiros, é injusto dizer que todos são ultrapassados. Tite, por exemplo, é um profissional vencedor e estudioso, que tem o italiano Carlo Ancelotti como grande inspiração na carreira. Dorival Júnior, Rogério Ceni e Fernando Diniz também são profissionais com enorme potencial e longe de serem acomodados. No entanto, nenhum dos três está pronto para comandar a Brasil no momento.
Fica claro que um treinador estrangeiro é disparado a melhor opção para a Seleção Brasileira. Não importa ser português ou de outra nacionalidade, o fundamental é ser estudioso, qualificado, super preparado e trazer ideias modernas para o nosso futebol. O calendário das seleções sul-americanas traz pouquíssimos compromissos importantes em 2023. É primordial ter coerência na escolha do novo técnico e não ter pressa.

Prancheta de um técnico de futebol

Eduardo Martins (jalesense, jornalista com formação na PUC-Campinas)

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