No mês de março comemora-se o dia internacional das mulheres. Esse texto, então, tem como objetivo de analisar o papel da mulher no século XXI, para além dos parabéns. É fato que o machismo presente hoje é devido às raízes culturais de uma sociedade patriarcal, que vê a mulher como subserviente ao homem.
Muitas de nós fomos perseguidas por termos conhecimentos sobre nosso corpo e nossa saúde, como as parteiras e as curandeiras, ou então, por termos o costume de nos reunirmos para conversarmos e trocarmos conhecimentos. No entanto, éramos sentenciadas à morte e queimadas vivas em fogueiras, acusadas de sermos bruxas pelos nossos conhecimentos.
Foram muitas lutas para alcançar nossos direitos até aqui, mas ainda hoje, temos muitos obstáculos a vencer, e a “maternidade” é um deles. A escolha de ter ou não filhos depende das ideias que buscamos e valorizamos no momento vivido, pois no Brasil ter filhos significa receber um salário menor, por isso algumas optam por não serem mães e assim não terem que abdicar de sua vida profissional. Entretanto, essa não é a realidade do homem no país, a escolha da paternidade não submete aos homens perdas salariais. O “cargo” de mãe a mulher custa mais caro, triste realidade.
A mulher carrega em si o peso da sociedade. Mulher é sinônimo de força e coragem, ser mulher é ter sua liberdade de escolha, ter seu espaço e direitos à voz garantidos sem que soframos retaliações.
Não somente em março, mas o ano todo, temos que refletir as condições femininas no país, não precisamos de felicitações, mas de respeito e garantia dos nossos direitos, para além dos parabéns!
Kéren de Sousa Seixas (Estudante da E.E. Juvenal Geraldelli)