Setembro Amarelo foi uma campanha iniciada em 2014 pela Associação Brasileira de Psiquiatria junto com o Conselho Nacional de Medicinal para tratar da prevenção do suicídio, quarta causa e morte depois de acidentes no trânsito, tuberculose e violência interpessoal. Trata-se de um fenômeno complexo, que pode afetar indivíduos de diferentes origens, sexos, culturas, classes sociais e idades. Segundo dados da Secretaria de Vigilância em Saúde divulgado pelo Ministério da Saúde em setembro de 2022, entre 2016 e 2021 houve um aumento de 49,3% nas taxas de mortalidade de adolescentes de 15 a 19 anos, chegando a 6,6 por 100 mil, e de 45% entre adolescentes de 10 a 14 anos, chegando a 1,33 por 100 mil.
Isso significa que a saúde mental está em declínio devido a diversas causas no mundo atual, que busca a produtividade, intensidade e competividade; ao mesmo tempo que as pessoas têm acesso à tantas informações e recursos, ficam confusas em como manejar as contingências. A depressão ligada à outros transtornos mentais é o maior fator que leva as pessoas a cometerem suicídio; em termos comportamentais não apresentam repertorio de enfrentamento para lidar com as situações aversivas e desafiadores do dia a dia, além da baixa tolerância a frustração e dos fatores genéticos e ambientais. Então emitem fuga/esquiva tirando a própria vida, muitos não querem terminar com ela, mas sim fugir do problema por algum tempo.
Não importa qual o problema, falar é importante, respeitar também. Quem fala pode levar outros com mesma sintomatologia a se encorajar e procurar ajuda, minimizando ideias preconceituosas e aumentando suporte da rede. A equipe multidisciplinar pode fazer parte do processo de prevenção ao suicídio.

Amanda Sabatin Nunes (Especialista Clínica em Psicoterapia Comportamental
(ITCR-Campinas)
CRP 136588/6

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