São muitas as mudanças da alimentação cotidiana que ocorreram nas últimas décadas.
Vamos pensar juntos: nossos avós e às vezes não muito longe, nossos pais, quantas vezes na semana comiam doces industrializados, refrigerantes, ultra processados? Raramente, bolo de aniversário então….
Eles comiam, sim, mais gordura, porém não industrializada. Mas também gastavam muito mais energia que nós, muitos eram trabalhadores braçais, não tinham tantos meios de locomoção e o próprio serviço de casa era diferente (ex. a roupa se lavava na mão, imagina quantas calorias se gastava para lavar as roupas na mão todo dia).
Bem, os tempos mudaram e nós pioramos cada vez mais nossa alimentação. Está na hora de retroceder nesse quesito, voltar a comer o que nossos avós comiam, porém em menor quantidade porque creio que não vamos gastar as calorias que eles gastavam, não é?
Bom, vão aqui algumas dicas do que comer e do que não comer:
Comer, o máximo possível, alimentos não industrializados, aqueles que são tirados da natureza e não processados. Por exemplo: arroz, feijão, grãos, carnes, saladas, frutas, vegetais, legumes, leites. Tudo o mais fresco possível. Já parou para pensar quanta química é necessária para manter um leite ou um molho de tomate valido por 1 ano ou mais?
Vou citar aqui os alimentos mais frequentes e que deveriam ser excluídos da rotina.
Refrigerante: esse não é novidade. Rico em açucares ou adoçantes, químicas, corantes e sódio, traz um prejuízo enorme para a saúde, obesidade, diabetes, HAS, perda da função mitocondrial (energia da célula) dentre outras.
Biscoitos recheados: contem altos índices de açucares, gordura saturada e trans e muitos aditivos químicos e corantes. Em nenhum momento e de forma nenhuma vão nutrir nosso corpo, mas sim intoxicar e inflamar, e muito.
Linguiças e embutidos: (salame, presunto, salsicha, mortadela e nuggets), já estão na lista dos mais cancerígenos devido à presença de nitrito em grande quantidade, além de sódio e muitas vezes gorduras.
Chips e salgadinhos: ricos em aditivos químicos, corantes, gorduras e sódio. Uma verdadeira bomba no organismo de nossas crianças que terão que conviver por tantos anos com os prejuízos metabólicos que esses alimentos trazem. O que será que vem por ai para as novas gerações que estão expostas a esses alimentos desde tão pequenos?
Sorvete e doces industrializados: ricos em açúcares e gordura trans e às vezes corantes, aromatizantes e aditivos químicos. Podemos incluir aqui os achocolatados.
Cereais matinais: aqui uma atenção dobrada, alguns enganam com a carinha de saudável e são ricos em açucares e corantes. Muitos são extremamente calóricos.
Macarrão instantâneo: com a vida moderna e praticidade ele virou coringa nas vidas das mamães. Cuidado. É rico em gordura trans, sódio, realçadores de sabor e químicas, além de ser altamente calórico.
Esta lista poderia continuar e ocupar todo esse espaço do jornal, mas os principais estão aqui. Vamos repensar alguns conceitos de amar e um deles: amar é cuidar. Cuidar é pensar na saúde e no futuro de quem amamos.

  • Dra. Eliane Cervantes (Médica nutróloga – Clínica Top Body)

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