Uma verdadeira endemia mundial, um dos maiores gastos da saúde pública e privada, responsável por desenvolver uma grande parte das doenças crônicas que deixam as pessoas dependentes de remédios para o resto da vida (como diabetes, hipertensão, problemas ortopédicos entre outros) e compromete uma grande parcela do orçamento familiar.
A doença que mais cresce no mundo, sendo o Brasil um dos primeiros do ranking, 3° lugar entre a obesidade masculina e 5° lugar na obesidade feminina.
Hoje na rotina do consultório já podemos observar a crescente procura para tratamento da obesidade infantil, e não rara as vezes recebo crianças obesas ou com sobrepeso já com colesterol e triglicerídeos elevados e gordura no fígado, sim hoje não é incomum crianças com esteatose hepática, hoje atendo muito mais obesidade infantil do que crianças com baixo peso.
Vale aqui uma reflexão: como será o fígado ou o coração de uma pessoa exposta a essa gordura desde a infância? Décadas de sobrecarga hepática, pancreática e cardíaca, das artérias expostas a essa gordura e toxinas, não precisa ir muito longe para entender que a saúde não será das melhores nesses indivíduos. Além das articulações que terão que suportar este excesso por muitos anos. Imagina um caminhão carregando o dobro do peso para que foi designado. Com certeza vai quebrar e deixar de exercer sua função bem antes que o esperado. Um envelhecimento acelerado.
A obesidade não pode ser vista como uma fraqueza ou gula, ela precisa sem entendida por todos como ela realmente é: UMA DOENÇA, por traz dos maus hábitos alimentares e estilo de vida inadequado existe uma genética, um organismo que tem um cromossomo com alelos que predispõe e facilita o ganho de peso. Após o ganho de peso primário começa um ciclo sem fim.
A obesidade inflama as células do corpo, a própria célula gordurosa é inflamada, na sequência existe a retenção de líquido, que por sua vez altera a circulação, altera a absorção intestinal (disbiose intestinal), produção de enzimas e funcionamento das células de todo corpo, que não vão conseguir exercer sua função e aí se inicia uma bola de neve na formação de novas doenças e na dificuldade de emagrecimento, já que neste estágio já temos um metabolismo lento e todo alterado.
A obesidade deve ser tratada como qualquer outra doença crônica que exige cuidados. Não é simplesmente tomar um remédio para tirar a fome ou fechar a boca. Essa abordagem infelizmente leva ao reganho de peso na maioria das vezes.
Para uma resposta satisfatória na perda de peso é necessário fazer uma limpeza nesse organismo, desinflamar o corpo, fazer um detox hepático, reorganizar as principais funções, melhorar sistema circulatório, metabolismo e hormônios. Só assim teremos uma melhora na saúde e qualidade de vida.
Dra. Eliane Cervantes
(Médica nutróloga – Clínica Top Body)