Hoje mais de 50% da população mundial está acima do peso. A obesidade infantil saltou de 4% para 18 % em poucos anos e continua em uma crescente desenfreada.
As causas dessa crescente da obesidade mundial são várias; e muitas já sabemos, sedentarismo, má alimentação, sono irregular, estresse, toxicidade hepática e intestinal, metabolismo inflamado, dentre outros fatores.
Aqui vou abordar um tópico que tem me chamado bastante a atenção, dado a prevalência que tenho visto no consultório, que é a insulina elevada.
A insulina é um hormônio produzido pelo pâncreas e anos atrás pouco se falava dela, e sempre associamos a insulina a diabéticos.
Mas para surpresa de muitos ela é tão relevante para a obesidade quanto para o diabético.
A insulina é liberada principalmente quando comemos carboidratos, todo tipo de carboidrato (simples, refinado ou complexo) e sua função é captar todo carboidrato que se transforma em glicose na corrente sanguínea, transformá-los em glicogênio e armazenar no fígado para ser usado como energia para as células, quando não usamos esse glicogênio ele é convertido em gordura no fígado e abdome. Assim podemos concluir que o grande vilão da história é a insulina na presença de carboidrato.
Essas duas peças do xadrez (insulina e carboidrato) juntas são responsáveis pelo aumento da gordura no fígado (esteatose hepática) e pelo aumento da gordura corporal (aumento de peso) e principalmente abdominal. Quando a ingestão de carboidrato é constantemente elevada a insulina permanece elevada também e este cenário evolui para uma situação metabólica conhecida como resistência insulina e posteriormente para um diabetes tipo II.
Este quadro pode ser revertido com perda de peso, atividade física e redução da ingesta de carboidratos.
Cito aqui os piores carboidratos: açúcares (refinado, orgânico, mascavo, mel, etc..), álcool, farinha de trigo refinada ou integral, arroz refinado ou integral, cereais, grãos, raízes e frutas.
Vale ressaltar que o carboidrato é importante para a nutrição humana e deve ser consumido de forma equilibrada e os bons carboidratos, que são os carboidratos complexos (aqueles que contém fibras e nutrientes em sua composição).

Dra. Eliane Cervantes (Médica nutróloga – Clínica Top Body)

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