O Janeiro Branco é um movimento social dedicado à construção de uma cultura da Saúde Mental na humanidade. Janeiro, o primeiro mês do ano, inspira as pessoas a fazerem reflexões acerca das suas vidas, das suas relações, dos sentidos que possuem, dos passados que viveram e dos objetivos que desejam alcançar no ano que se inicia. Janeiro é uma espécie de portal entre ciclos que se fecham e ciclos que se abrem nas vidas de todos nós.
A cor branca foi escolhida por, simbolicamente, representar “folhas ou telas em branco” sobre as quais podemos projetar, escrever ou desenhar expectativas, desejos, histórias ou mudanças com as quais sonhamos e as quais desejamos concretizar.
Vivemos um grande período turbulento, muitos acontecimentos para as pessoas lidarem. Ao mesmo tempo em que estávamos torcendo e comemorando a Copa do Mundo, tivemos a derrota do Brasil e o movimento político que se estende até hoje. Depois vieram as confraternizações, Natal e Ano Novo, tempo de celebrar, reunir, ficar com a família, amigos, o que para muitos é prazeroso e traz grandes inspirações, mas para alguns o fim e começo do ano pode trazer alguma dor e melancolia.
Com o novo cenário político e novas ideologias gerando conflitos, as pessoas precisam desenvolver mais a Comunicação Não Violenta, que é uma prática cujo objetivo visa gerar mais compreensão e colaboração nas relações pessoais, profissionais e até com nós mesmos.
Muito dos conflitos são causados pela forma como nos comunicamos, e por que não entendemos o que está atrás do que o outro quer dizer; outras vezes podemos até deixar de nos expressar com medo da repressão alheia. Para melhor nos comunicarmos, devemos focar na observação, sentimentos, necessidades e pedidos.
A Comunicação Não Violenta também visa uma autocompreensão, que gera autoconhecimento e saúde mental. Ter saúde mental não é apenas ausência de doença, mas estar em equilíbrio, estar bem consigo mesmo e com seus familiares, colegas, amigos e qualquer outro, entender os desafios da vida, saber lidar com as boas emoções e também com aquelas desagradáveis, mas que fazem parte da vida, reconhecer o próprio limite e buscar ajuda quando necessário.
Amanda Sabatin Nunes (Mestre em Psicologia. Especialista Clínica em Psicoterapia Comportamental [ITCR-Campinas])
CRP 136588/6