A próstata é uma pequena glândula, que faz parte do sistema reprodutor masculino, responsável por controlar a função e o prazer sexual. A próstata produz parte do sêmen, líquido espesso que contém os espermatozoides, liberado durante o ato sexual (OLIVEIRA et al., 2018).

O câncer de próstata é o tipo mais comum de câncer entre a população masculina, representando 29% dos diagnósticos da doença no país. Dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA) apontam para 65.840 novos casos de câncer de próstata a cada ano. Entre 2020 e 2022. Homens com mais de 55 anos, com excesso de peso e obesidade, estão mais propensos à doença (BRASIL, 2022).

Dentre os fatores de risco, destaca-se: histórico familiar, estatura mais elevada, obesidade, mudanças genéticas, consumo excessivo de álcool, vasectomia (BRITO; WELLER, 2022).

Em sua fase inicial, o câncer da próstata tem evolução silenciosa. Muitos pacientes não apresentam nenhum sintoma ou, quando apresentam, são semelhantes aos do crescimento benigno da próstata (dificuldade de urinar, necessidade de urinar mais vezes durante o dia ou à noite), impotência, febre e edema nos testículos.  Na fase avançada, pode provocar dor óssea, astenia, perda de peso, sintomas urinários ou, quando mais grave, infecção generalizada ou insuficiência renal (MORAIS et al., 2021).

A principal forma de tratamento para o câncer de próstata é a prostatectomia.  As sequelas desta cirurgia, em geral, são lesões esfincterianas decorrentes de iatrogenias no processo cirúrgico, da cicatrização da anastomose, ou condições preexistentes, além da alteração da funcionalidade contrátil do músculo detrusor, causada por lesão na parede vesical pela obstrução ou no início da obstrução no pós-operatório, ocasionando a incontinência urinária (IU) (BASTIANI et al., 2014).

A fisioterapia pélvica é capaz de realizar uma avaliação funcional sistematizada, apontando com precisão a causa da disfunção do assoalho pélvico, bem como a elaboração do diagnóstico cinesiológico-funcional, o que torna o tratamento mais rápido e preciso, tendo como base o treinamento da musculatura do assoalho pélvico (AP) (LATORRE et al., 2020).

 Portanto, a fisioterapia pélvica se faz muito importante na reabilitação da incontinência urinária pós prostatectomia. Ela atua através da cinesioterapia, utilizando exercícios  funcionais para trabalhar a musculatura do assoalho pélvico (MAP), uso de aparelhos como biofeedback, eletroestimulação funcional dos músculos do assoalho pélvico por meio do uso de eletrodos endo-anal, estimulação elétrica através da pele e em muitas vezes a combinação desses métodos (OLIVEIRA et al., 2021).

Os alunos do 9° semestre de fisioterapia são capacitados durante a formação para o atendimento de pacientes  pós prostatectomia. Este serviço está disponível a toda população nas Clínicas Integradas da Fundação Educacional de Fernandópolis.

Coordenadora do Curso: Luciana Marques Barros.

Docentes  Supervisoras: Grasiela Amato de Freitas Gomes, Rosana de Fátima Garbin.

Discentes:  Breno Henrique Moraes Soares;Letícia Aparecida Alves Ferreira;  Natália Belone Sakamoto; Pablo Augusto Caetano da Costa; Rebert Vinícius Pereira da Costa Branco; Thaila Silva Medeiros Caetano; Victor Rodrigues Maciel; Wiliam de Souza Ribeiro.

REFERÊNCIA  BIBLIOGRÁFICA

BRASIL. Instituto Nacional de Câncer (INCA). Câncer de próstata. Rio de Janeiro, 2022. Disponível em: https://www.inca.gov.br/tipos-de-cancer/cancer-de-prostata. Acesso em: 06 jun. 2022

OLIVEIRA, F. L.; COSTA, H. S.; CARVALHO, T. F.; ANDRADE, A. L. S. Atuação da fisioterapia no pós-operatório de prostatectomia total: Uma revisão de literatura. Revise, v. 3, p. 1-6, abr. 2021

BASTIANI, A.; ROSA, V.; URACH, M.; BIRCK, M.; LUISI, F. Reabilitação fisioterapêutica após cirurgia de prostatectomia radical. Revista Digital, São Luiz Gonzaga, p. 1-6, dez. 2014

BRITO, E.B.N.; WELLER, M. Fatores de risco do câncer de próstata: estudo caso-controle no Nordeste do Brasil. Saúde e Pesquisa, Paraíba, v. 15, n. 1, p. 1-12, jan/mar. 2022

OLIVEIRA,  A. R. N.; ASSIS, A. I. S.; BARBOSA, A. G.; FERNANDES, A. S.; MARINHO, A. C. N. Fisioterapia na incontinência urinária pós-prostatectomia radical: Uma revisão sistemática. Revista Saúde & Ciência  Online, v. 7, n. 2, mai/ago. 2018

LATORRE, G. F. S.; ROCHA, F. F. M.; SILVEIRA, P. O. M.; NUNES, E. F. C. Eletroestimulação como adjuvante da fisioterapia pélvica na incontinência urinária pós prostatectomia: revisão integrativa. Revista FisiSenectus, Santa Catarina, v. 8, p. 1-11, jan/dez. 2020

MORAIS, R. L. G. L.; TOSTA, M. S.; SANTOS, J.; OLIVEIRA, J. S. Conhecimento dos homens sobre o câncer de próstata: A virilidade e o estigma da doença. Revista  Saúde.Com, Bahia, v. 16, n. 2, p.1-7, jan. 2021

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