Fiquei muito feliz em receber o convite do Jornal de Jales para colaborar e discorrer sobre educação financeira. O tema visa tratar de ideias pouco discutidas em nosso cotidiano e abordar algumas reflexões sobre o assunto neste importante meio de comunicação que muito contribui para o desenvolvimento local e regional através de conteúdos que fortalecem o senso crítico e a formação dos nossos leitores.
Educação Financeira: Penso que devido a sua importância em nosso cotidiano esse assunto deveria ser incluso em determinado momento na grade curricular das escolas públicas e privadas ao menos no terceiro colegial como disciplina regular, buscando orientar nossos jovens para o mundo financeiro.
Pensar sobre educação financeira é tão pertinente quanto aprender matemática, português e demais matérias. Fazendo uma breve análise, hoje o indivíduo aprende com sua rotina diária a trabalhar seus recursos financeiros, muitas vezes inspirado pelo comportamento dos pais ou de pessoas próximas a ele que podem não praticar bons hábitos financeiros, sem um direcionamento ou orientação profissional e esse indivíduo facilmente poderá se frustrar ao tomar uma decisão da qual venha se arrepender futuramente, considerando a grande oferta de crédito a juros altos praticados legalmente no Brasil.
Algumas pessoas que vemos como bem-sucedidas financeiramente no campo pessoal ou empresarial, com certeza, já se frustraram em algum momento, o que as torna mais experientes que outras que nunca se arriscaram.
Ao assumir riscos no mundo dos negócios, para alcançar o sucesso no setor financeiro, é preciso ter convicção de que esse caminho é quase sempre longo e cheio de armadilhas.
É preciso estarmos atentos a um percurso com momentos desesperadores e situações de crises algumas vezes inevitáveis. É aí que entra a experiência, ou melhor dizendo, a expertise financeira que defendo, porque muitos empreendedores possuem dificuldade em lidar com essa etapa do processo para alcançar o sucesso e desistem antes mesmo de revertê-la.
É relevante elencar que as causas do insucesso que lideram o ranking envolvem diretamente a falta de disciplina, ausência de reserva de capital, privação de equilíbrio emocional para conviver com as dificuldades e pôr fim, a inexistência de um bom planejamento.
Saber falar não, renegociar dívidas, entre outras decisões estressantes do dia a dia não são tarefas fáceis para se cumprir, mas se fazem necessárias no processo de se reinventar e tornar-se bem sucedido financeiramente. Pense nisso!
Considero que existem dois tipos de gestores financeiros: os que desistem ao perceberem as dificuldades e fracassam; e os que persistem mesmo na dificuldade superando um obstáculo de cada vez até sua experiência resultar no que muitos chamam de sorte, mas que eu prefiro chamar de sucesso financeiro.

Fábio Silvério (Contador. Especialista em Gestão Empresarial e Consultoria. Professor de Pós Graduação e MBA)

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