LEITORES
A edição desse jornal do dia 19 de junho foi recheada de candidatos às próximas eleições, posando para fotos e liberando recursos aos vários segmentos de nossa cidade, inclusive à Santa Casa. Louvável esse gesto, o dinheiro vem em boa hora para desafogar os órgãos premiados em mais um respiro em suas contas.
Folheando o jornal, deparei-me com candidatos de nossa região que durante sua gestão de 4 anos se escondiam de nossas autoridades quando se dirigiam aos seus gabinetes para pedir liberação de verbas. Até atendiam, mas as verbas nunca chegavam.
Agora, com a aproximação das eleições, eles aparecem como se nada tivesse acontecido, com a maior cara de pau e liberam recursos aqui, outro ali, e o circo vai abrindo o espetáculo, onde os palhaços somos nós, o povo. Me engana que eu gosto.
Claro que, como já elenquei, recursos são sempre bem-vindos, ainda mais num momento difícil que o país passa em decorrência da pandemia, que parou nossa nação em 2 anos, mas coloco aqui um protesto a esses senhores e senhoras no quesito “caráter”.
A palavra caráter significa: coerência de atitudes, moral, boa conduta etc., mesmo com essa “enxurrada” de dinheiro público entre reuniões com autoridades importantes, imprensa, fotos, coquetel e mídia em geral, coincidentemente no tempo de tratar de suas eleições ou reeleições a cargos eletivos.
Um bom político, aliás no Brasil é raridade absoluta, faz de seu mandato uma maneira transparente, sólida, desde quando toma posse, até o final com a mesma intensidade. Venho aqui em tom de protesto, contra alguns políticos renomados da região, que quando se sentam em suas cadeiras no parlamento, se transformam em cordeiros em peles de lobo.
É só pesquisar suas atuações frente à Assembleia Legislativa. Votaram durante seu mandato justamente contra a redução do ICMS que o governo federal propôs aos estados, para baixar os combustíveis e direitos importantes para a classe dos funcionários públicos, acompanhando o projeto do então governador João Dória, que vai se tornar o “pior” da história de São Paulo. É uma pena. Ainda mais quando se vê pessoas importantes da cidade, chefe de partidos, assessores diretos e puxas-sacos, babando e aplaudindo esse tipo de gente.
Por isso nossa cidade sempre vai viver dependendo de “esmolas” desses parlamentares, que não moram aqui, e que durante seus mandatos até liberam alguns recursos, mas de valores insignificantes. E como diz o ditado: “passar melzinho na chupeta”.
Sobre esse assunto já pontuei nesse jornal em matérias anteriores que esses elementos, só liberam os recursos que são de praxe, obrigatórios. Ou seja, é uma mera obrigação, devolver a população um pouco dos pesados impostos que pagamos.
Acorda Jales!!!
- Osmar Gabriel (Bancário aposentado e corretor de imóveis)