Finalmente, terminamos 2021, um ano tão difícil como inesperado. Foi no espírito de final de ano, que as esperanças de uma vida melhor se renovam de uma forma mais eficaz e abrangente.
Praticamente todos os brasileiros se vacinaram e a vida continua. Ainda vivemos as incertezas com a chegada de uma nova onda do vírus – Ômicron – que se alastra pela Europa e já chegou também ao Brasil. Já podemos pensar no começo do recomeço? Eu tenho certeza que sim. Venha o que vier, 2022 nos encontra mais maduros, aptos em lidar com imprevistos, com práticas de trabalho durante todo esse período que vivemos. Mas, praticamente a pandemia está indo embora e voltamos agora nosso olhar depois de superar meses duros, a inevitável recessão econômica.
Devemos retomar os investimentos dos setores da economia, as empresas voltarem a produzir e a anunciar postos de trabalhos, o brasileiro voltou a consumir, talvez até para compensar a demanda reprimida por tantos meses, a roda voltou a girar.
Mas, os efeitos colaterais da crise da saúde pública sobre a economia continuarão a ser sentidos ainda por bastante tempo. Temos consciência que somos um país prioritariamente de micro e pequenos empreendedores: eles representam nada menos que 99% dos nossos negócios e quase 30% do nosso PIB, segundo o Sebrae. Nesse momento difícil, a dor desses empreendedores é também de todos nós.
E, convenhamos, ela não foi amena durante esse tempo de pandemia. Ter uma micro e pequena empresa num país com tantos impostos e suscetibilidade socioeconômicas e políticas nunca foi fácil, e nesse período pandêmico, tornou-se quase impossível para esses empreendedores, e por não dizer até para os médios empresários.
Andando pelas ruas vimos uma quantidade grande de lojinhas e restaurantes que fecharam suas portas. O começo do recomeço pode ser exatamente por aí. Chegou a hora de transformarmos a onda de solidariedade que vivenciamos nos últimos tempos em impulso para a recuperação das pessoas e dos negócios mais afetados pela economia.
Do ponto de vista corporativo, é o momento de pensar em novos modelos de negócios que façam sentido para apoiar aqueles que sofreram o maior baque em meio à crise. Com essa era pós-Covid devemos nos readequar a realidade do nosso país.
Devemos lançar nosso olhar sobre a forma de como iremos trabalhar e que sejamos capazes de buscar saídas que prezem pela sustentabilidade financeira, não só nossa, não só dos nossos clientes, mas de todo o país que viu nossa economia minguar.
Mas todo povo brasileiro tem garra para enfrentar tudo isso, já vencemos outros desafios e não vai ser esse que vai nos derrubar. Partiu 2022? Feliz ano novo.

  • OSMAR GABRIEL (Bancário aposentado e corretor de imóveis)

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